" Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro".

...futuro

Quando é que eu vou crescer?

Talvez quando estiver velha demais.

Aqueles jovens sonhos...

A verdade é que eu sou uma ótima e experiente fugitiva dos meus próprios sonhos, ainda que me considere buscando, mas a verdade que todo esse tempo me desviei do caminho daquilo que realmente precisei. Fugindo do que realmente sou, como uma bandida que abandona sua própria essência, perseguida por um dom, rejeitando a própria arte, o amor pela vida, pela sua profissão, partindo para uma terra de esquecimento, de impossibilidades, de meio improvável, em uma atitude altivamente destrutiva.
Escolhendo obtusos alvos de frustrações, ilusões, rancores e desculpas mesquinhas que nada corresponde com a verdade.
Eu estou me anulando em manhãs de sol's inrrealizavéis, sentada em um banco de uma praça vazia, esperando a merda cair na minha cabeça enquanto respiro poeira daquilo que não me farta, distraida com os meus luxuosos e confortáveis jogos de faz-de-conta e conjecturas conversas que pertencem ao lixo.

É isso que eu estou fazendo da minha vida!

Merda para mim!

"obs:quando preciso de uns tapas, sou eu mesmo que bato mais forte"

Um novo prazer:

Precisada da arte como um todo.
Multiplico-me em suas faces,
exerço-me em abstrato,
cultivo poesia, mesmo que sem a excelência do ofício.
Aprendo com a paisagem,
os símbolos que me cativam,
e construo focos sob o ângulo que me revela.
De mim assim extraio, e de lá assim se mostra: http://www.flickr.com/photos/triciafernandes/
Pela arte de aprender arte.

As Bailarinas

Foto: Patrícia Fernandes


Quando eu era muito nova, criança ainda, minha avó mantinha dois quadros no quarto dela que retratavam bailarinas, um ficava perto do abaju e retratavam duas lindas bailarinas se preparando para o espetáculo, e o outro, o mais central(É o que está no fundo desta foto),O azul, era o quadro que mais gostava e passava horas o contemplando. O quadro é uma moça sentada em uma cadeira, nua, fazendo as unhas dos pés, em quanto ao redor dela muitas moças se vestem para a apresentação, conversam e nunca parecem se sentir só, estão sempre sorrindo. E há um homem, o único deles, no canto esquerdo do quadro, pequeno e meio esfumaçado. Ficava horas imaginando porque a bailarina do meio não estava vestidia como as outras, que pareciam estar prontas para entrar, para começar a dançar. Acreditava que ela tinha sido rejeitada, ou estava triste por que perdeu sua apresentação, ou simplesmente havia chegado atrasada.Um dia minha avó os retirou do quarto, e muitos anos depois (recentemente), eu os achei em um quartinho que fica na parte de fora da casa, e então o colei no meu quarto, e até hoje eu o adimiro pelo sua beleza e poesia, e fico imaginando e criando roteiros para o destino da menina bailarina desnuda e sua irreverencia diante da sitação em que todos se encontram. Porque será que ela não é como as outras?
Enfim, agora eu sei porque perdi tanto tempo tentando entende-la, talvez eu tenha me visto assim... Mas hoje sei que entender não faz parte ao que corresponde essa bailarina desnuda. Ela sempre será assim: a bailarina desnuda sentada sozinha antes de uma grande apresentação.
Quanto as outras da foto, de branco que deslizam no "gelo" da caxinha de música, foi um presente da minha mãe, a caixinha havia sido dela, mas ela me passou porque sabia que eu amava bailarinas e patinadoras do gelo, quando eu vi o presente lembro-me que chorei. Infelizmente minha mãe nunca me pôs no balê, mas elas fizeram com muita intensidade parte da minha vida, o balê e elas: As bailarinas.

Beira

Então ela flutuava em águas limpas e puras, uma água nem sempre feliz, paralítica, quieta e quente. Assim como os olhos, que quando pesam depois da tormenta é tomado por um certo/incerto conforto.
Estática e invariada demais, buscava lamentos - "lamentares", que passavam a afundar todo o corpo deixando um peso onde se deitava.
Percebida do infortúnio e da ocorrência do desconforto causado pelas suas dores aos outros, ela se disse então: Criança, ninguém suspeita dos heróis porque eles sempre são fortes, flutue e deixe-se ao movimento, essas águas puras ainda te levarão ao mistério e surgirá ondas imensas que te guiará para o paraíso. Vestes as máscara das mentiras impávida e fortes, e tomas como estratégia para o teu forte. Lembre-se, que flutuas, deixe-se sempre em superfície.
Assim ela foi, fluíndo, com uma insegurança silênciosa. Fluíndo como a vida, como o grande jogo, a grande roda, que sempre gira, como o mundo que tem seus dias e suas noites sempre desiguais.
E assim todos esperamos as mudanças.
Todos, sempre!

10 ou 8?

Estava refletido sobre minha carreira de atriz e o tempo que tenho dela, de como começou o primeiro contato com ela e quando foi efetivada na minha vida.
Recentemente descobri que não havia começado com 16 anos, meu primeiro contato com o teatro foi com 17, porque entrei no segundo ano letivo quando estudava o ensino médio no colégio contato, descobri isso conversando com uma amiga minha que foi daquelas amigas que fez parte das aulas incentivadas por mim, pq sozinha me parecia audacioso demais, naquela época, a idéia de eu,`Patrícia sozinha em aulas de teatro. Então quando comecei a frenquentar as aulas de Ricardo Mourão e Luciana Lyra no colégio contato, obtive minha primeira aproximação com o teatro, dos jogos teatrais e com a possibilidade de apresentações, naquele mesmo ano tive um principio de pneumonia o que me fez desistir de uma apresentação que seria a conclusão deste curso, hoje vendo uns registro esquecidos dessa minha iniciativa a carreira descubri mais uma vez que não completarie 10 anos como havia pensado hoje, porque já tenho desde fevereiro deste ano... :p esses 10 anos.
mas não foi através desse curso que prossegui com a carreira, parei de fazê-lo por 2 anos, mas passei a frequentar os teatros recifenses, lembro que chorei pq não pude ir assitir a máquina de joão falcão, na época Lazaro ramos, Vladimir Britcha e Wagner Moura nem sonhavam com a fama que conseguiriam, mas foi um grande acontecimento na cidade e infelizmente o perdi, mas me lembro com carinho minha vontade de estar lá. Se tivesse ido seria a primeira peça adulta que assitiria, mas acabou que tempos depois, a primeiro peça que assiti foi os Desencantos do Diabo, uma peça de natal que me marcou muito...
Esse priemrio contato me deixou diversas dúvidas a respeito do que seguir na minha vida e em 2002 com 20 anos decidi agrega-lo de vez, fiz meu primeiro iniciação no SESC depois passei para o Avançado, o Profissional e não parei mais. Hoje eu acho lindo os trabalhos dos meus dois primeiro professores como atores, Mourão e Luciana, e me sinto muito orgulhosa por estar trabalhando com pessoas, como Wellington Junior que me ensinaram a fazer teatro no SESC e por ter tido a sorte de ter pego eles como grandes intrutores de meu trabalho como atriz. Hoje eu posso dizer que de lá pra cá muito se foi feito, tanta coisa foi vivida, tanta vida, tanta morte, tanto palco, tantos não palcos, tãos poucos dinheiros, tantas abdicações, tantas furada, muita sortes, pouca sorte, trabalho, suor na camisa, muita energia, e sonhos... Sonhos os culpados desses grandes feitos tão bem feitos. Bom então o que posso dizer é que já tenho 10 anos de aproximação com o teatro e que farei em 2012, no mês de fevereiro, meus 10 anos de carreira teatral seguida... é isso!! os meus 10anos e 8 anos de teatros e teatro.

Aos meus dias de verão 2010.

Querendo muito postar algo aqui, mas sem idéias e inspirações. Pensando muito em respostas e querendo resultados ao mesmo tempo, isso me deixa distante, porém pulsante.
Então vou deixar registrado os ocoridos desses tempos que foram de muitos bons dias e considerados afortunados.

Aqui vai:

Feliz por ter realizado a temporada de Maria Borralheira, espetáculo infantil que fiz, ficou em temporada de março à abril, terminou semana passada dia 25, considerei que foi um bom trabalho, apesar de ter considerado também que poderia ter sido ainda melhor, mas obteve bons frutos e realizações.

Na temporada, dei uma abração coletivo com 20 crianças ao mesmo tempo. Muita energia boa.

Recentemente pelas manhãs conheci novas pessoas que devem ficar no meu coração e ao meu lado por bons tempos.

Obtive um bom reconhecimento do meu trabalho, naquilo que procuro hoje fervorosamente, porém ainda sem resultados por vir, o que me deixa ainda mais pulsante.

Esperando resultados pendentes.

Cultivando um outro talento, e estou achando muito bom.

Decidida a procurar caminhos que recife já não pode me dar.

Tendo relações com a conta bancária, algo inexistente anteriormente.

Mais disposta para os dias, mas tendo meus momentos de preguiça.

Imaginado mil projetos e vendo com executa-los.

Suando bem muito a camisa.

Relaxada com relação ao que não fiz, não faço e posso não fazer por falta de convite.

E cada vez mais acreditando na força de meu trabalho. Coisa boa é saber que ele tem força.

É isso, esperando marés por vir e construído sempre.

Então nesse verão, apesar de ter começado em um praião, de Porto de Galinhas, praia tem sido raridade, única pena nesses atuais dias.

Turvei...

Bom, isso é apenas para observação:
Ás vezes a gente fechas os olhos e esquece que o mundo continua a girar. E gira transformando tudo, todos os seres e tudo que se é elementar.
Então quando acordamos, o que ficou sendo gerado outrora na escuridão pode ser inútil a essa hora.
Bom!Vejo isso agora, como tudo mudou Aquele chapéu bonito que não me serve mais, quer dizer, que minha cabeça não mais serve para ele. Já não pode mais como chapéu. Foi...

Meu pedido.

Ele apareceu assim, numa segunda-feira, todo bonito em minha casa, cheio de cores e encantos, para me trazer um sorriso, para que eu pudesse fazer o meu pedido com alegria, para dizer a mim que tudo deve ser feito assim: colorido e com felicidade.

Arte Minha.

Mexendo um pouca com as artes e as formas, modificando meu ambiente individual, deixando tudo como no meu imaginar. Fiz das pared pequenas representações dos sonhos... É um ótimo trabalho de concentração, criatividade e paciência, já faz cinco dias ou mais que o construo e depois que fica pronto, vem a alivida sensação de dever cumprido, e de que a vida é isso, por mãos a obra!!

Se deus quiser vou embora do sertão....

Mas sei que a saudade vai me apunhalar no coração, mas aqui tá demorando para florescer minha roseira, tow cheia de faísca é um coração apegado as estradas do mundo, jurando realizar esse sonho de lua cheia, criando pó e desmantelo. Vou as Europa, as Américas, São Paulo e Rio de Janeiro, pra ver se meu palco se torna um pouco mais acesso...

Escrevendo ligeiro, juntando música inventada com invensão de menina, mais sonho de padaria, com aperreio de desmantelo, prosa, rima e sertanejo...
Sei lá de onde isso veio...